SINTO...VIVO

domingo, 15 de abril de 2012

Cidade sem nome - a caminho do Dia D

Acordei atordoado...mais um pesadelo. O suor que escorria era congelante. O quarto estava congelante. Havia sonhado com ela novamente, o mesmo sonho...mas dessa vez eu entendi o seu grito: não me abandone...não me abandone...não me abandone! E mesmo sabendo o que dizia eu me afastava, me afastava cada vez mais. E quanto mais ela gritava, eu fugia. Mas seu rosto cheio de dor me encurralava...em um tipo de labirinto, seu longos cabelos me perseguiam e se enroscavam em mim, sua dor se tornava a minha e eu me deixava consumir pelo seu amor. Respirei fundo. Era noite ainda...mas nesse lugar era sempre noite. Mas precisava me apressar, o Dia D está chegando finalmente. Coloquei na mala as minhas facas, poucas roupas e o colar dela. Minha mente me dizia para deixá-lo, mas eu não conseguia. E se ela o quisesse de volta? O enrolei com cuidado e coloquei em uma caixinha que ela havia me deixado. Meu coração estava acelerado...uma mistura de medo, raiva, saudade, desespero. Sabia que no momento que o dia chegasse não mais a veria...por que a deixei ir? Agora não era o momento para pensar nisso...agora era hora de planejar. Eu teria que correr e ser rápido para eles não perceberem. Podia, de repente, mandar uma mensagem para ela me encontrar. Será que estaria viva? Será que responderia? Não, agora não é o momento para pensar nisso.

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